NOTÍCIAS
Os direitos dos quilombolas são pauta do Link CNJ
21 DE SETEMBRO DE 2023
O Link CNJ desta quinta-feira (21) trata da situação da população quilombola, em especial o direito à titulação de terras. Recentemente, o CNJ criou grupo de trabalho para estudar o andamento de processos para regularização fundiária em territórios quilombolas. O programa vai ao ar às 21h na TV Justiça.
A edição dessa semana exibe mesa-redonda com Denildo Rodrigues Moraes (Biko), coordenador executivo da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e João Jorge Santos Rodrigues, presidente da Fundação Cultural Palmares.
O programa ainda traz entrevista Karen Luise Pinheiro, juíza auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça e Marta Antunes, responsável pelo Projeto de Povos e Comunidades Tradicionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
De acordo com os primeiros resultados do Censo 2022 (IBGE), o Brasil tem 1,3 milhão de quilombolas – 1.327.802 pessoas ou 0,65% do total da população -, residentes em 473.970 domicílios de 1.696 municípios, em 24 estados e no Distrito Federal.
Desse total, 167.202 pessoas, ou 12,6% dos quilombolas do país moram em territórios quilombolas oficialmente delimitados. Uma proporção ainda menor, 4,3% da população quilombola, reside em territórios já titulados no processo de regularização fundiária.
Temos então que 95,67% da população quilombola (ou 1.270.360 pessoas) não obtiveram até hoje títulos definitivos de suas terras no processo formal de regularização fundiária. Conforme o IBGE, “as maiores proporções de quilombolas em territórios titulados foram observadas no Pará (28,09%), Amapá (14.09%) e Goiás (11,61%).”
Número inédito
Essa foi a primeira vez que o IBGE apurou em censo demográfico o número de quilombolas no Brasil e dados sobre seus domicílios. Conforme o instituto, sete de cada dez quilombolas (68,19%) residem no Nordeste. O Estado da Bahia concentra 29,90% dessa população (397.059 pessoas) e o Maranhão tem 20,26% (269.074 pessoas). Os dois estados juntos abrigam 50,16% da população quilombola do país.
Minas Gerais (com 135.310 pessoas), Pará (135.033) e Pernambuco (78.827) são respectivamente o terceiro, quarto e quinto estados com maior população quilombola – somados, essas três unidades da Federação reúnem 26,3% da população quilombola.
Nos nove estados da Amazônia Legal (que inclui o Maranhão), o IBGE localizou 426.449 pessoas quilombolas, 1,6% da população desta região e quase um terço (32,1%) dos quilombolas do país.
Entre os municípios, a cidade de Senhor do Bonfim (BA) é o que tem o maior número de pessoas quilombolas (15.999), à frente de Salvador (15.897), de Alcântara, no Maranhão (15.616), e de Januária, em Minas Gerais (15.000).
O Censo 2022 também permitiu perceber o percentual de quilombolas no conjunto da população do município. Alcântara (MA) tem a maior proporção de pessoas quilombolas no total de habitantes com 84,6%. Outros municípios têm mais de 50% de sua população declarada quilombola. São eles: Berilo (MG), Cavalcante (GO), Serrano do Maranhão (MA) e Bonito (BA).
Quilombo destruído
Toda semana, o Link CNJ aborda um tema relevante para a sociedade e em discussão no Poder Judiciário, trata da agenda de decisões do Conselho Nacional de Justiça e em tribunais de todo o país, além de apresentar as postagens do CNJ na última semana.
O programa ainda traz o quadro Uma História, sobre a vivência dos magistrados brasileiros, em decisões e julgamentos marcantes. Na edição que vai ao ar hoje, a juíza Antônia Faleiros, do Tribunal de Justiça da Bahia, rememora a história de um quilombo em Belo Horizonte (MG) que foi destruído pela grilagem e pela especulação imobiliária.
O Link CNJ é retransmitido na TV Justiça nas sextas-feiras (7h), sábados (12h), domingos (14h) e terças-feiras (7h30). O Link CNJ também vai ao ar na Rádio Justiça nas noites de quinta-feira às 21h30, em Brasília na FM 104.7 MHz e via satélite. Todos episódios do Link CNJ ficam disponíveis permanentemente no canal do CNJ no YouTube.
Agência CNJ de Notícias
The post Os direitos dos quilombolas são pauta do Link CNJ appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
Artigo – A aplicação do artigo 723, parágrafo único, do Código de Processo Civil aos inventários extrajudiciais
02 de agosto de 2023
A primeira parte desta série cuidou da aplicação do artigo 723, parágrafo único, do Código de Processo Civil,...
Anoreg RS
Artigo – Selo Nacional da Desjudicialização e seu papel para desobstruir a Justiça – Por Diego de Paiva Vasconcelos
02 de agosto de 2023
Trata-se de uma iniciativa essencial não apenas para a melhoria da prestação jurisdicional como também para a...
Anoreg RS
Para Primeira Turma do STJ, não incide Imposto Territorial Rural sobre imóvel com registro cancelado
02 de agosto de 2023
A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que não há incidência do Imposto Territorial...
Anoreg RS
Com São Paulo, ação de identificação civil de pessoas presas chega a todo o país
02 de agosto de 2023
A Ação de Identificação Civil e Documentação de Pessoas Presas completou seu ciclo de nacionalização na...
Portal CNJ
Mutirão carcerário deve levar à revisão de quase 900 processos no Piauí
02 de agosto de 2023
Com realização até o dia 25 de agosto, o Mutirão Carcerário 2023, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça...